27/11/2024
A migração para a nuvem é mais do que uma mudança tecnológica; é uma decisão estratégica que influencia diretamente a competitividade e agilidade das empresas. Para Ricardo Albenes, Gerente de TI da TQI – Tecnologia, Qualidade e Inovação, em um cenário de constante pressão por inovação e eficiência, a escolha da abordagem de migração — seja lift and shift, reestruturação ou reescrita de aplicações — pode moldar o futuro de uma organização, garantindo que esteja pronta para o ambiente digital em constante transformação.
O lift-and-shift permite mover rapidamente aplicações para a nuvem sem grandes interrupções, o que é fundamental para setores como bancos e varejo. O principal benefício é a redução imediata de custos operacionais, uma vez que a nuvem elimina a necessidade de manutenção de data centers físicos. Além disso, oferece flexibilidade, permitindo a alocação dinâmica de recursos de TI.
“Embora essa estratégia não otimize completamente os sistemas para o ambiente de nuvem, ela já traz escalabilidade inicial e resiliência, além de possibilitar o crescimento sem o peso das infraestruturas legadas”, afirma Albenes.
Segundo o especialista, a reestruturação das aplicações representa um avanço significativo, adaptando os sistemas para aproveitar melhor os recursos nativos da nuvem. Isso melhora desempenho, elasticidade e resiliência.
“O impacto no negócio inclui maior agilidade para responder às demandas do mercado, otimização de custos de TI e uma experiência aprimorada para o cliente. Essa abordagem também prepara as empresas para a adoção de tecnologias emergentes, como Inteligência Artificial e automação, que exigem sistemas flexíveis e modernos”, reforça.
Já a reescrita de aplicações, ou modernização completa, é a estratégia mais transformadora. Ao reconstruir sistemas para operar de forma nativa na nuvem, as empresas criam uma base tecnológica alinhada às demandas atuais e futuras. Isso porque arquiteturas modernas, como microsserviços e contêineres, permitem alcançar escalabilidade sob demanda, entregas contínuas e menores custos operacionais. Com essa flexibilidade, empresas em mercados competitivos alcançam inovação rápida e lançamento ágil de produtos e serviços.
Além disso, a modernização facilita a integração com ecossistemas digitais mais amplos, viabilizando parcerias, o uso de IA para melhorar a experiência do cliente e a exploração de dados em tempo real para decisões estratégicas. Em um mundo cada vez mais orientado por dados, essa agilidade pode ser a chave para o sucesso sustentável.
Albenes destaca que a chave para uma migração bem-sucedida, no entanto, está em uma análise cuidadosa das necessidades de cada negócio. O especialista afirma que alguns cuidados incluem:
Avaliação do legado: Entender a maturidade dos sistemas legados e sua compatibilidade com a nuvem. Sistemas antigos podem exigir mais reestruturação ou reescrita.
Alinhamento com objetivos de negócio: A escolha da abordagem deve refletir os objetivos estratégicos, seja redução de custos imediata (lift-and-shift) ou inovação a longo prazo (reescrita).
Custo e benefício: O lift-and-shift é mais rápido e econômico a curto prazo, mas a reestruturação e reescrita trazem maior otimização e flexibilidade futura.
Tempo e complexidade: A reestruturação e a reescrita demandam mais tempo e especialização, enquanto o lift-and-shift é mais simples e rápido.
Escalabilidade e integração: A abordagem deve permitir escalabilidade futura e integração eficiente com sistemas existentes.
Gestão de riscos: Mitigar riscos operacionais, como interrupções e falhas de adaptação, com um bom plano de gerenciamento de mudanças.
“Com a estratégia certa, portanto, a migração para a nuvem se transforma em um motor de crescimento, inovação e resiliência, preparando as empresas para prosperar em um mundo em constante mudança. A escolha correta da abordagem pode determinar o sucesso a longo prazo, impulsionando a capacidade de adaptação e inovação contínua”, conclui Albenes.